Após alguns minutos de observação silenciosa com os binóculos, o doutor Carter virou-se para o grupo e deu uma explicação que deixou todos boquiabertos. “Isto é extremamente raro”, disse ele. “Mas penso que a águia pode ter confundido o cachorrinho com parte da sua ninhada, não como presa. As águias são criaturas inteligentes. Se esta fêmea teve filhotes recentemente, pode ter tido dificuldade em mantê-los quentes ou calmos. O cheiro ou o comportamento do cachorrinho pode ter despertado o instinto maternal dela.” Ou seja, a águia não levou o cão para lhe fazer mal. Ela adotou-o!

Os vizinhos ficaram em silêncio, a tentar assimilar o que tinham acabado de ouvir. Momentos antes, tinham imaginado o pior, um fim trágico para o pequeno cão indefeso. Mas agora, a história transformava-se em algo muito mais surpreendente. Em vez de um predador e a sua presa, estavam a assistir a uma ligação que desafiava tudo o que pensavam saber sobre a natureza. Até os mais céticos não conseguiram evitar um sorriso. Era uma lembrança de que a compaixão pode surgir nos lugares mais inesperados, até no alto dos ramos de um ninho de águia. Na próxima página, contamos como estão agora o cão e a águia!